Em um evento organizado para discutir o mercado de luxo indiano, Armando Branchini, diretor executivo da Fundação Altagamma discursou sobre o impacto do desastre ocorrido no Japão sobre o setor do luxo. “Crises intensas como essa tendem a trazer já no curto prazo um impacto negativo sobre o consumo, principalmente na esfera dos bens de luxo”, disse o diretor.
O desastre ocorrido no Japão, no último dia 12, alarmou as maisons do luxo, que seguem com as ações em queda nas Bolsas de Valores dos EUA, da Europa e do Japão. Contudo, a reação dos mercados parece exagerada, segundo os especialistas. “Pensamos que o impacto do terremoto sobre o setor do luxo pode ser grande, visto que o Japão é atualmente é um dos primeiros mercados do mundo para os bens de luxo. Hoje, no entanto, o Japão não é mais considerado um mercado em crescimento”, explicam os analistas do banco japonês Nomura, em um relatório dedicado ao impacto do terremoto/tsunami sobre os títulos das empresas de luxo europeias.
O país do Sol Nascente representa para o setor do luxo um mercado de 18 bilhões, que vem diminuindo de tamanho nos últimos anos. A desaceleração do mercado japonês vem sendo compensada pela expansão dos mercados emergentes. Os dois maiores mercados de consumo de luxo continuam sendo os Estados Unidos e a Europa. O Japão ocupa o terceiro lugar, mas deverá ser superado em breve pelo gigantesco mercado chinês.
FAAP
