A LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton SA, que já é a maior empresa de artigos de luxo do mundo, está distanciando-se ainda mais de suas duas principais rivais com a compra por 4,3 bilhões de euros (US$ 6,01 bilhões) da joalheria italiana Bvlgari SpA — uma aquisição que fortalece a estratégia da indústria de alta moda e joias de agrupar muitas grifes sob um mesmo teto.
A Bulgari, uma empresa romana de 126 anos famosa por suas gemas coloridas e seus relógios de peso, acrescenta poder de fogo a uma parte do império LVMH que não o tinha: o de joias. A operação de joias e relógios da LVMH corresponde a apenas 5% do faturamento geral da empresa. E suas marcas — Zenith, Hublot e TAG Heuer — ficam bem atrás da Cartier, que é a principal grife da suíça Compagnie Financière Richemont SA, a número 2 no mundo dos artigos de luxo.
Bloomberg News
O fim da Bulgari como empresa independente, contudo, ressalta o lado mais sombrio da indústria europeia de artigos de luxo: os problemas de empresas familiares que se veem incapazes de concorrer com titãs como a LVMH, a Richemont e a francesa PPR SA.
